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Escutatória

Por: Lilian Tavares | 22 de outubro de 2024

Você já tinha ouvido falar em “escutatória”? 

Escutatória é um neologismo criado pelo brilhante e sensível escritor, professor e psicanalista mineiro Rubem Alves (1933 – 2014) no artigo de mesmo nome. Logo no começo do artigo, ele diz:

“Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir.

Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil”

Grande verdade! Vivemos numa sociedade que só quer falar e não dá escuta ao outro. Mas para nós d´A CASINHA – ESCUTATÓRIA TERAPÊUTICA escutar é princípio norteador e fundamental.

Para nós, a verdadeira escuta, aquela que de fato é terapêutica, traz 3 características muito especiais.

Ser acolhedora. A escuta acolhedora é aquela que, diante da dor do outro se compadece, se solidariza, se desarma e abre os braços. Acolher é abraçar e dar conforto, acolher é como dizer: você não está só, estamos juntos na aventura de melhorar a sua vida.

Ser empática. A escuta empática é aquela que compreende o lugar psíquico do outro, que humildemente se desloca de uma posição de sabedoria e se põe na pele do outro, veste os sapatos do outro. É a escuta em que a premissa é: na pele do outro eu talvez fizesse, pensasse, sofresse, agisse exatamente como ele. Só a empatia abre caminho para a compreensão verdadeira.

Ser anticolonizadora. A escuta colonizadora é aquela falsa escuta. A escuta de mentira, a escuta que não escuta porque só esperando, aguardando o momento propício para interromper a fala do outro e trazer a sua “verdade”, aquela que chega para colonizar, para impor ao outro sua visão de vida.

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